Isto é o que o pecador precisa saber

"Cristo não tem sido apresentado em relação com a lei, como fiel e misericordioso Sumo Sacerdote, que em todos os pontos foi tentado como o somos nós, mas sem pecado. Ele não tem sido exaltado perante o pecador como o sacrifício divino. A Sua obra como sacrifício, substituto e penhor, tem sido tratada apenas fria e casualmente; mas isto é o que o pecador precisa saber. É Cristo, na Sua plenitude como Salvador que perdoa os pecados, que o pecador tem de ver; pois o incomparável amor de Cristo, mediante a agência do Espírito Santo, trará convicção e conversão ao coração endurecido."
Cristo Nossa Justiça
, págs. 180, 181.

A Mensagem da justificação pela fé em Cristo "desdobra à mente humana os fatos mais sublimes do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: Restauração plena e completa é provida aos pecadores. O sacrifício expiatório de Cristo sobre a cruz não somente tornou possível nossa reconciliação com Deus, mas também tornou possível, para todo pecador que pode escolher aceitar a oferta, restauração à gloriosa posição de Adão antes de ter pecado." Cristo Nossa Justiça, pág. 130.





sábado, 31 de outubro de 2009

A Primeira Tentação na Terra

"Não mais se achando livre para instigar a rebelião no Céu, encontrou a inimizade de Satanás [o diabo] contra Deus um novo campo, ao tramar a ruína do gênero humano. Na felicidade e paz do santo casal do Éden, contemplou um quadro da ventura que para ele estava para sempre perdida. Movido pela inveja decidiu-se a incitá-los à desobediência, e trazer sobre eles a culpa e o castigo do pecado." Patriarcas e Profetas, pág. 52.

No entanto "nossos primeiros pais não foram deixados sem avisos do perigo que os ameaçava. Mensageiros celestiais expuseram-lhes a história da queda de Satanás, e suas tramas para sua destruição, explicando mais completamente a natureza do governo divino, que o príncipe do mal estava procurando transtornar. Foi pela desobediência às justas ordens de Deus que Satanás e seu exército caíram. Quão importante, pois, que Adão e Eva honrassem aquela lei pela qual somente é possível manter-se a ordem e a eqüidade! A lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio. É uma revelação de Sua vontade, uma transcrição de Seu caráter, expressão do amor e sabedoria divinos. (...) Ao homem, a obra coroadora da criação, Deus deu o poder de compreender o que Ele requer, a justiça e beneficência de Sua lei, e as santas reivindicações da mesma para com ele; e do homem se exige inabalável obediência." Idem, pág. 52.

"Semelhantes aos anjos, os moradores do Éden haviam sido postos sob prova; seu feliz estado apenas poderia ser conservado sob a condição de fidelidade para com a lei do Criador. Poderiam obedecer e viver, ou desobedecer e perecer. Deus os fizera receptáculos de ricas bênçãos; mas, se desatendessem a Sua vontade, Aquele que não poupou os anjos que pecaram, não os poderia poupar; a transgressão privá-los-ia de seus dons, e sobre eles traria miséria e ruína. (...) Enquanto fossem obedientes a Deus, o maligno não lhes poderia fazer mal; pois sendo necessário, todos os anjos do Céu seriam enviados em seu auxílio. Se com firmeza repelissem suas primeiras insinuações, estariam tão livres de perigo como os mensageiros celestiais. Se, porém, cedessem uma vez à tentação, sua natureza se tornaria tão depravada que não teriam em si poder nem disposição para resistir a Satanás." Idem, pág. 53.

"Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais; estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los." Idem, pág. 45.

Não obstante todos os privilégios de que desfrutava, este casal escolheu desobedecer a Deus. Conhecemos a história. Conforme se acha relatado nas Sagradas Escrituras, no terceiro capítulo do livro de Génesis, Eva tomou do fruto proibido e comeu-o, dando-o também a comer ao seu marido. Este consentiu em comê-lo e assim começou a miséria no planeta Terra.

O Pecado de Adão e Eva e as suas Consequências

"Depois da sua transgressão (...) Desapareceram o amor e paz que haviam desfrutado, e em seu lugar experimentavam uma intuição de pecado, um terror pelo futuro, uma nudez de alma. A veste de luz que os rodeara, agora desapareceu; e para suprir sua falta procuraram fazer para si uma cobertura, pois enquanto estivessem desvestidos, não podiam enfrentar o olhar de Deus e dos santos anjos.

Começaram então a ver o verdadeiro caráter de seu pecado. (...)

Entretanto, o grande Legislador estava para tornar conhecidas a Adão e Eva as conseqüências de sua transgressão. Manifestou-se no jardim a presença divina. Em sua inocência e santidade tinham eles alegremente recebido a aproximação de seu Criador; mas agora fugiram aterrorizados, e procuraram esconder-se nos mais profundos recessos do jardim. Mas "chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a Tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?" Gên. 3:11.

Adão não podia negar nem desculpar seu pecado; mas, em vez de manifestar arrependimento, esforçou-se por lançar a culpa sobre a esposa, e assim sobre o próprio Deus: "A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e eu comi". Gên. 3:12. Aquele que, por amor a Eva, havia deliberadamente preferido perder a aprovação de Deus, o seu lar no Paraíso, e uma vida eterna de alegria, podia, agora, depois de sua queda, procurar tornar sua companheira, e mesmo o próprio Criador, responsável pela transgressão. Tão terrível é o poder do pecado.

Quando foi interrogado à mulher: "Por que fizeste isto?" ela respondeu: "A serpente me enganou, e eu comi". Gên. 3:13. "Por que criaste a serpente? Por que lhe permitiste entrar no Éden?" - Tais eram as perguntas envolvidas em sua desculpa apresentada pelo pecado. Assim, como fizera Adão, lançou sobre Deus a responsabilidade de sua queda. O espírito de justificação própria originou-se com o pai da mentira; foi alimentado por nossos primeiros pais logo que se renderam à influência de Satanás, e tem sido apresentado por todos os filhos e filhas de Adão. Em vez de humildemente confessarem os pecados, procuram escudar-se lançando a culpa sobre outros, sobre as circunstâncias, ou sobre Deus, fazendo mesmo de Suas bênçãos um motivo para murmuração contra Ele." Idem, pág. 57, 58.

"Não era a vontade de Deus que o casal sem pecados conhecesse algo do mal. Livremente lhes dera o bem, e lhes recusara o mal. Mas, contrariamente à Sua ordem, haviam comido da árvore proibida, e agora continuariam a comer dela, isto é, teriam a ciência do mal, por todos os dias de sua vida. Desde aquele tempo o gênero humano seria afligido pelas tentações de Satanás." Idem, pág. 59.

"Sob a maldição do pecado, a Natureza toda devia testemunhar ao homem o caráter e resultado da rebelião contra Deus. (...) Assim o Senhor, em Sua grande misericórdia, mostraria aos homens a santidade de Sua lei, e os levaria por sua própria experiência a ver o perigo de a pôr de lado, mesmo no mínimo grau.

E a vida de labutas e cuidados que dali em diante deveria ser o quinhão do homem, foi ordenada com amor. Uma disciplina que se tornara necessária pelo seu pecado, foi o obstáculo posto à satisfação do apetite e paixão, e o desenvolvimento de hábitos de domínio próprio. Fazia parte do grande plano de Deus para a restauração do homem, da ruína e degradação do pecado. A advertência feita a nossos primeiros pais - "No dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gên. 2:17), não implicava que devessem eles morrer no próprio dia em que participassem do fruto proibido. Mas naquele dia a irrevogável sentença seria pronunciada. A imortalidade lhes era prometida sob condição de obediência; pela transgressão despojar-se-iam da vida eterna. Naquele mesmo dia estariam condenados à morte." Idem, pág. 59, 60.

"O pecado deles abriu as portas ao dilúvio das desgraças sobre o mundo. Quem pode saber, no momento da tentação, as terríveis conseqüências que advirão de um passo errado? (...)

O pecado de nossos primeiros pais acarretou a culpa e a tristeza sobre o mundo, e se não fora a bondade e misericórdia de Deus, teria mergulhado a raça humana em irremediável desespero. (...)

Depois de seu pecado Adão e Eva ... comprometeram-se para no futuro prestar estrita obediência a Deus. Declarou-se-lhes, porém, que sua natureza ficara depravada pelo pecado; haviam diminuído sua força para resistir ao mal, e aberto o caminho para Satanás ganhar mais fácil acesso a eles. Em sua inocência tinham cedido à tentação; e agora, em estado de culpa consciente, teriam menos poder para manter sua integridade. (...)
O Senhor misericordiosamente lhes proveu uma veste de peles, como proteção contra os extremos de calor e frio." Idem, pág. 61.


O Plano de Salvação Para a Raça Decaída

"A veste branca de inocência foi usada por nossos primeiros pais, quando foram postos por Deus no santo Éden. Viviam eles em perfeita conformidade com a vontade de Deus. Todas as suas afeições eram devotadas ao Pai celeste. Luz bela e suave, a luz de Deus, envolvia o santo par. Esse vestido de luz era um símbolo de suas vestes espirituais de celeste inocência. Se permanecessem leais a Deus, continuaria sempre a envolvê-los. Ao entrar o pecado, porém, cortaram sua ligação com Deus, e desapareceu a luz que os aureolava. Nus e envergonhados, procuraram suprir os vestidos celestiais, cosendo folhas de figueira para uma cobertura.

Isto fizeram os transgressores da lei de Deus desde o dia em que Adão e Eva desobedeceram. Coseram folhas de figueira para cobrir a nudez causada pela transgressão. Cobriram-se com vestidos de sua própria feitura; por suas próprias obras procuraram encobrir os pecados e tornar-se aceitáveis a Deus.

Isto jamais pode ser feito, porém. O homem nada pode idear para suprir as perdidas vestes de inocência. Nenhuma vestimenta de folhas de figueira, nenhum traje mundano, pode ser usado por quem se assentar com Cristo e os anjos na ceia das bodas do Cordeiro. Somente as vestes que Cristo proveu, podem habilitar-nos a aparecer na presença de Deus. Estas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se arrependerem e crerem." Parábolas de Jesus, pág. 310, 311.

"A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas ele é incapaz de a apresentar." Cristo Nossa Justiça, pág. 160.

Então, que fazer? Eis a solução: "Aconselho-te", diz Jesus, "que de Mim compres... vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez." Apoc. 3:18.

"Este vestido fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana. Em Sua humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter. "Todas as nossas justiças" são "como trapo da imundícia." Isa. 64:6. Tudo que podemos fazer de nós mesmos está contaminado pelo pecado. Mas o Filho de Deus "Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado". I João 3:5. O pecado é definido como "o quebrantamento da lei". I João 3:4. Mas Cristo foi obediente a todos os reclamos da lei. De Si mesmo, disse: "Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração." Sal. 40:8. Quando esteve na Terra, disse aos discípulos: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. Por Sua obediência perfeita tornou possível a todo homem obedecer aos mandamentos de Deus. Ao nos sujeitarmos a Cristo, nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová." Idem, pág. 311, 312.

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Condições para ser justificado por Cristo

"Conquanto Deus possa ser justo, e contudo justifique o pecador pelos méritos de Cristo, nenhum homem pode trajar-se com os vestidos da justiça de Cristo, enquanto praticar pecados conhecidos ou negligenciar deveres conhecidos. Deus requer a completa entrega do coração, antes que a justificação tenha lugar; e a fim de o homem reter a justificação, deve haver contínua obediência, mediante fé viva e ativa que opera por amor e purifica a alma." - Review and Herald, 4 de novembro de 1890.